Porque a realidade do subúrbio não tem que ser necessariamente má!
domingo, 25 de janeiro de 2009
The Next Guest!
Pai de um estilo artístico muito peculiar,geométrico e complexo, viria a transformar-se no grande artista do Socialismo Russo...
Animal Collective "My Girls",(Merriweater Post Pavillion, 2009)
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Modigliani, O Exagero na perfeição
Excessivo, boémio, devasso, neurótico,imoral,genioso e violento com as mulheres que tanto e tão bem retratou são alguns dos adjectivos que caracterizam a personalidade deste artista incomparável e irreverente, que por ter tanta fúria de viver, acabou os seus dias cedo e na miséria, mas deixando-nos um magestoso legado de obras de arte magníficas.
Este Post é dedicado à minha mãe(isto parece um pouco um programa do tipo "Portugal no coração" com a saloiada a mandar beijinhos para os familiares na Suíça, risos), que é uma grande apreciadora da obra deste artista, cujo gosto me transmitiu.Amedeo Modigliani, nascido em Itália no ano de 1884, iniciou a sua vida no mundo da pintura quando em inícios do século XX ingressou, por um breve período de tempo, nas academias de arte de Florença e Veneza, tendo-se mudado para Paris em 1906, cidade que veria o prosseguimento da sua curta, mas intensa vida artística.Em Paris, Amedeo dedicou-se à vida boémia, dominada pela presença de droga, álcool e doenças várias, conhecendo, igualmente figuras importantíssimas da vida artística, tais como Picasso,Utrillo e Soutine, dos quais se tornou amigo,sendo estes, principalmente Picasso, uma influência nítida e constante na sua obra .Outra das personalidades que Modigliani conheceu foi Constantin Brancusi que o encorajou a trabalhar em escultura, transmitindo-lhe conhecimentos nesse âmbito, sendo o resultado deste conhecimento adquirido ,as esculturas em pedra de cariátides e cabeças femininas inspiradas na escultura tribal africana e da oceania ,que tanto admirava.Com o decurso dos anos Modigliani foi testando novos meios de expressão artística, definindo o seu estilo em meados de 1915/1916.Estilo esse que se demarcarcava pela nítida preferência por cores ferrugentas, cores de terra(influência da arte africana e da oceania), e por temáticas de retratos femininos,que retratava eximiamente sob a forma de figuras alongadas com olhos amendoados e brilhantes, narizes de formas estranhas e peculiares e cabeças ovais sobrepostas em pescoços semelhantes a tubos.Nos quadros que pintou com nus, que foram bastantes,vislumbramos uma sensualidade muito característica,magnificamente conjugada com contornos severos de formas pontiagudas.As esculturas e pinturas de Amedeo Modigliani são bastante estilizadas , simplificadas, poéticas e decorativas, retratando , essencialmente, as pessoas que quotidianamente o rodeavam.No tocante a influências presentes na obra, julgo , na minha modesta opinião, estarem patentes nítidas inspirações na arte africana e da oceania, como já mencionei, mas não só, sendo também vislumbráveis as influências do Cubismo no tocante à fragmentação do espaço em redor das figuras , e a linha fluída de picasso(vide Les Demoiselles de Avignon de Picasso,cujas figuras femininas em muito se assemelham às de Modigliani, sendo, no entanto, e na minha opinião, a técnica deste último muito superior à de Picasso). Após uma vida repleta de vícios, Modigliani acabou por sucumbir, com pouco menos de 40 anos.Muito ficou por pintar, muito ficou por homenagear este artista, quem em vida pouco reconhecimento recebeu.
Obras Obrigatórias: "Cabeça", "Paul Guillaume", "Nu num sofá azul", "Nu deitado numa almofada branca", "Noiva e noivo" e os diversos retratos de Jeanne Hébeuterne.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Um momento de boa disposição
esses entes vermelhos andam sempre por aí para nos puxarem (ainda bem, ufa)lol um beijinho para todos!
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Ideias que fazem faíscas
Ao contrário do que se possa pensar, o meu censor é, acima de tudo, um óptimo conselheiro. A sua magnanimidade do meu censor faz com que me considere uma pessoa agraciada pela sorte. Por vezes, as ideias fogem-me como vultos fantasmagóricos na noite. (Porque será que isto traz reminiscências daqueles saudosos livros da colecção Arrepios…?) O meu estimado censor incentiva-me a desenvolver um tema acerca da primeira palavra que me ocorrer, de forma espontânea e fluida. Claro que para tal é necessário treino, e quanto mais frequente melhor. Gostaria de tornara-me como José Vilhena, não relativamente aos temas, mas à sua criatividade. Ao contrário desses humoristas de imaginação limitada, cuja duração na ribalta é igualmente limitada, este senhor é um exemplo de longevidade criadora. Este endereço explica a sua vida e obra http://www.historia.com.pt/JoseVilhena/Index.htm. Vilhena foi preso por três vezes e a censura perseguia-o.
Meu caro South Side Missiles, certamente não fico chocada com o post sobre Peaches. A senhora que aparece no vídeo não mostra nada que os restantes elementos do sexo feminino não possuam. Pessoalmente, prefiro utilizar o Youtube com outras finalidades. Aliás, arrisco-me a afirmar que esse website foi a terceira invenção a nível electrónico que me é mais útil, apenas precedida pelo microondas e pala internet. Uma criança em férias, sozinha em casa, seguramente sabe dar o devido valor a um microondas. Para ela, não há como retirar alimentos do congelador para o microondas e de seguida para a mesa, tal e qual uma linha de montagem. É fácil, rápido e eficaz. A propósito, desconheço que objecto se encontra dentro do microondas que a figura mostra. Caso alguém queira experimentar colocar lá um cd, este move-se em saltam faíscas azuis. Foi um magnífico espectáculo que já tive o privilégio de presenciar.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Peaches(I'm the Kinda) Fatherfucker ...EU AMO ESTA BADALHOCA!LOLOLOL
sábado, 10 de janeiro de 2009
A morte
Todos passamos por momentos difíceis, por acontecimentos complicados de encarar e de entender. Uma dessas realidades expressa-se quando nos deparamos com a morte de alguém querido. Apesar de sabermos que a morte é o destino de todos incomoda e quando se apresenta no nosso pequeno mundo devora o optimismo da vida com dúvidas que nos dilaceram e com inquietações vertiginosas. A morte cala, silencia. Essa ausência é a mais ruidosa de todas. Quando perdemos alguém, cria-se uma névoa profunda que transporta esse abismo de ausência para uma irrealidade. Contudo, cada vez que nos aproximamos para confirmar, somos sugados para a realidade e caímos novamente, cada vez mais fundo. É difícil pôr um ponto final numa história que constitui uma vida de alguém, impossível. O nosso dever é sempre mudar de parágrafo e continuar a escrever, impedindo o seu fim. Relembrar e conservar.
O Fédon de Platão ensina-nos que a morte não é mais do que a separação da alma do corpo. Assim, partindo da sua teoria das ideias que delimita dois mundos, um sensível e um inteligível, sendo o primeiro um reflexo plural da singularidade do último, chega à evidência de que o filosofar é um “treino de morrer e de estar morto”. A alma separada do corpo poderia conhecer todas as Ideias puras, únicas, imutáveis e autónomas do mundo inteligível sem a mediação do corpo que, devido à sua natureza, a filtra de forma errónea e sensorial. Uma vez livre, o espírito alcançaria as ideias, logo o filósofo deve alegrar-se perante a sua morte, concretizando a sua própria essência. Contudo, será o homem apenas um ser gnoseológico? Mais: tal é a única característica do filósofo? Não estarão também as esferas emotiva, social e ética na algibeira? Nenhum homem é uma ilha. (Só se poder-mos incluir o super-homem. Mas que tem ele de humano?)
As diversas religiões tentam dar respostas que amparem a incerteza e a dúvida. As opiniões dividem-se, entre outras, entre um bilhete para o paraíso e uma nova viagem através da reencarnação. Tudo depende da fé, da crença. Se não acreditamos em nada disto, ficamos à deriva, num eterno desassossego sobre o destino das almas daqueles que nos abandonaram. Sinceramente, aquilo que mais me acalma é o pensamento de Leibniz quando afirma que aquilo que poderá acontecer não é uma metempsicose, mas mais uma metamorfose. Escolho crer que todos nós fazemos parte de uma coesa monadologia, numa teia de ligações recíprocas, que se tocam a cada instante. O milagre é de origem humana, da força anímica que nos une a todos. Isto é uma ironia nos tempos que correm, mas a ilusão também pode ter os seus benefícios, entre eles, manter a fé no Homem.
Como disse Epicuro: “A morte não é nada para nós”. Uma vez vindo, não a sentimos. Resta-nos acalmar os espíritos e continuar o legado daqueles que partiram. Nos nossos sonhos nunca faltará um lugar à mesa. No nosso mundo, o telefone continuará sempre a tocar e do outro lado estará a voz que queremos ouvir. Não são as fotografias que recordam, essas apenas ajudam o olhar. Somos nós que vivemos por aqueles que nos deixaram. Mas não se deixaram a si próprios, não o podemos permitir. Uma boa gargalhada é o melhor remédio, mesmo que acompanhada por lágrimas. Cheira sempre a presença."Pum, pum, pum"