Porque a realidade do subúrbio não tem que ser necessariamente má!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Hit Rock /Pop anos 90


Todos passámos por esta época rica em êxitos musicais, ouvindo estas e outras músicas vezes sem fim.Por isso, e embora não tenha conseguido colocar no inqérito tudo o quanto queria, escolhi músicas comerciais dos anos 90 tocadas por bandas com qualidade, e que de uma maneira ou de outra acabaram por ficar-nos no ouvido.Por isso votem na música, entre estas, que mais vos marcou durante estes loucos anos.
Ps: este é um post inédito no blog, provando a todos que o southsidemissiles está vivo e de boa saúde.....

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Agora...

Bem sei que hoje não é Terça-feira, mas senti que precisava de escrever algo já, imediatamente, neste momento, agora!
Agora...Onde é que vocês se meteram?! Será que foram raptados por extraterrestres como aconteceu à irmã do Mulder dos X-Files? Já estou com saudades vossas. Não sei se chame esses dos X-Files, que por esta altura devem estar a fazer qualquer coisa completamente diferente, ou vá buscar ao caixão os ossos do Rod Serling, o criador do The Twilight Zone. Qual é a mensagem que me está a ser transmitida? Não compreendo! Será algo transcendente que me levará anos a chegar a uma conclusão?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O regresso


Lamento a minha ausência durante estas semanas. Embora tivesse vontade de escrever, a minha saúde não mo permitiu. Calma! Não fiquei com os braços e as mãos paralisadas, nada disso! Tive dias preenchidos por tormentosas dores na cabeça e nas costas, que me impediram de vislumbrar qualquer tipo de comicidade, exceptuando o humor negro. Pois, eu sei que parece esquisito passar tanto tempo inoperacional, mas foi exactamente o que aconteceu. A saga nunca acaba, mas por vezes têm de se ultrapassar certos obstáculos…

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já dizia o Camões. Mudam-se as vontades… Algumas. Outras ficam imutáveis. Por exemplo, a vontade que as pessoas têm de se despachar na fila do supermercado. Nunca conheci ninguém que gostasse de esperar e observar o ambiente em redor, enquanto as compras repousam placidamente no cesto ou no carrinho de compras. Certas velhinhas não sabem usar um cartão multibanco. Um dia vi uma que entregava o cartão ao neto, um menino de cerca de dez ou doze anos, para que ele levantasse dinheiro. A senhora dizia que não percebia nada daquilo e que o rapaz é que sabia fazer.

Gostava de conhecer uma criança sobredotada e que estivesse disposta a colaborar comigo. Seria no mínimo hilariante. Imagino uma criança de nove ou dez anos a ler os artigos científicos e a explicar-me as partes mais importantes.

—Então esse artigo diz alguma coisa de jeito? — perguntaria eu.
— Pouca coisa — responderia a criança. — Foi quando descobriram que as mutações ocorrem espontaneamente, antes do contacto com o agente selectivo. Uma bactéria resistente a um vírus já era resistente antes de estar na presença do vírus.
— Isso é porreiro! — exclamaria eu. — Mas agora parece um bocado óbvio.
— Claro. Mas nos anos quarenta ainda não era.
— Tens razão. Logo à noite queres jogar xadrez? — perguntaria eu.
— Tu ainda não jogas bem! — exclamaria a criança. — Tenho de te ensinar a jogar decentemente. As tuas jogadas são demasiado previsíveis. Tens de surpreender o adversário.
— É verdade. Tu já jogaste contra adversários poderosos?
— Algumas vezes. Da última vez foi com um russo. Queria combinar outra partida, mas ele anda muito atarefado — contaria a criança.
— Esse tipo fala bem inglês?
— Eu diria que ainda fala pior do que o nosso primeiro-ministro…
— A sério?!
— Sim. Se eu não tivesse aprendido o idioma dele, creio que não haveria possibilidade de agendar partidas de xadrez…
— Quando é que aprendeste?
— Há dois anos.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pobreza e Desigualdade Social em Portugal


Antes de começar a falar sobre o estado social actual da sociedade portuguesa, é importante relembrar que o conceito de Pobreza é mais complexo e multidimensional do que se pode imaginar e que infelizmente, parece que os nossos políticos ainda não compreenderam a sua verdadeira dimensão. Prova disso é o facto de, segundo dados da Comissão Europeia relativos a 2007, Portugal ter 1,8 milhões de pobres (18% da população total) isto é, indivíduos que vivem abaixo do limiar da pobreza, auferindo salários mensais entre os 360 e os 366 euros. Na UE a 15 estados-membros (antes do seu alargamento a Leste em 2004), Portugal é o país mais pobre e onde as desigualdades sociais são maiores e na UE a 27 estados, só as populações da Hungria, Polónia e Eslováquia é que são mais pobres do que nós, vivendo com menos de 200 euros por mês.
De destacar que, em países como a Dinamarca, a República da Irlanda, o Luxemburgo, a Finlândia e o Reino Unido, o limiar da pobreza é o mais alto de toda a União Europeia ou seja, as suas respectivas populações só são consideradas pobres se auferirem menos de 900 euros por mês. È obra!
Voltando novamente ao caso português, é importante realçar que a pobreza existente no nosso território advém fundamentalmente de políticas socialmente injustas que geram o aumento das desigualdades sociais (estou a falar por exemplo, do aumento do preço dos bens de 1ª necessidade; do agravamento dos custos em serviços fundamentais para a vida das pessoas, com a Saúde, Educação, Justiça,..) e simultaneamente do baixíssimo nível de produtividade do trabalho existente na nossa economia que por isso mesmo, não consegue gerar acréscimos de riqueza para o país e posteriormente aumentos remuneratórios significativos para a nossa população.
Actualmente, Portugal continua mergulhado numa profunda desigualdade social a nível da repartição dos rendimentos e esse facto constitui um importante obstáculo ao desenvolvimento do país e é também um factor que contribui para agravar a crise actual que enfrentamos. Infelizmente, a forma que se tem encontrado para tentar combater a pobreza em Portugal é investir-se em actividades económicas caracterizadas por baixas remunerações, precariedade e reduzida qualificação mas toda a gente compreende que essa medida não resolve o problema da pobreza, só adia a sua resolução, porque as pessoas que trabalham nessas actividades estão constantemente confrontadas com o cenário do desemprego, além de contribuir para o surgimento de “novos pobres”.
O modelo de desenvolvimento económico e social em Portugal tem que assentar em trabalho qualificado, com remunerações que se aproximem da média da UE e em segurança no emprego. E é evidente que esse modelo só será também possível com uma repartição muito mais justa da riqueza do que aquela que se verifica actualmente, pois essa repartição mais equitativa é condição indispensável para a existência de um mercado interno em crescimento continuado que é a base do desenvolvimento efectivo de qualquer país.