“Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam”
O Livro dos Itinerários
“Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.” fnac.pt
Eis as coordenadas desta nova viagem que constitui o enredo deste novo livro de José Saramago. É a partir desta aparentemente simples demanda que se desenrola uma jornada com uma medida do tamanho da vida humana. Do inicio ao fim, assistimos à vida de um ente vivo: desde o seu nascimento, quando é conhecido pelo mundo, passando pelos seus primeiros passos, quando lhe é dada a devida importância, pelos seus actos, constituintes e produtores de uma máscara social, isto é, de um ser e, por último, vislumbramos a sua morte, como fim natural do mundo que não cessa o seu ritmo. Assim é a vida. Assim é o percurso de Solimão, um elefante, personagem principal nesta trama, e assim é espelhada a sua demanda no seu companheiro Subhro, também ele principal, também ele peregrino.
Desta forma é narrada a grande metáfora da vida, como uma viagem, um percurso sempre presente, como uma caminhada que vale a pena fazer. O mais evidente de tudo é isto, é andar para viver, este é o elefante do segredo de saber viver, aquilo que é tão claro, mas dificilmente entendemos. Viver é ser uma espécie de peregrino, saindo sempre de si, e percorrer todo mundo, vislumbrando o todo a cada instante, presenciando a concretização da vida a cada momento. Tal é a lição de Solimão que atravessa os trajectos mais íngremes, os temporais mais fortes, a extremidade das situações mais adversas para, quando chegar ao seu destino, pegar numa criança e salvá-la do abismo. Tal é a lição de Subhro que, mesmo mudando de nome, mudando de religião, mudando de senhor, se mantém igual a si mesmo, conseguindo ultrapassar o contraditório, alcançando os seus objectivos. Viver é ser este elefante que vagueia até onde o esperam, é seguir o caminho sempre sereno e alcançar o seu destino tranquilo e cheio de mundo.
Esta caminhada que é viver é concretizada em nós. Todos possuímos dentro de nós este elefante que nos puxa para a evidência de que é preciso viver. É preciso voar sem abandonar o chão, viver o presente lembrando o passado e alcançando sempre o futuro, tão próximo de nós. Viver é caminhar, agarrando-nos aos pequenos fragmentos de vida que nos rodeiam, para depois alcançar o nosso destino.
Deixo aqui uma música para pensar sobre isto, ou sobre outra coisa qualquer :)
Desta forma é narrada a grande metáfora da vida, como uma viagem, um percurso sempre presente, como uma caminhada que vale a pena fazer. O mais evidente de tudo é isto, é andar para viver, este é o elefante do segredo de saber viver, aquilo que é tão claro, mas dificilmente entendemos. Viver é ser uma espécie de peregrino, saindo sempre de si, e percorrer todo mundo, vislumbrando o todo a cada instante, presenciando a concretização da vida a cada momento. Tal é a lição de Solimão que atravessa os trajectos mais íngremes, os temporais mais fortes, a extremidade das situações mais adversas para, quando chegar ao seu destino, pegar numa criança e salvá-la do abismo. Tal é a lição de Subhro que, mesmo mudando de nome, mudando de religião, mudando de senhor, se mantém igual a si mesmo, conseguindo ultrapassar o contraditório, alcançando os seus objectivos. Viver é ser este elefante que vagueia até onde o esperam, é seguir o caminho sempre sereno e alcançar o seu destino tranquilo e cheio de mundo.
Esta caminhada que é viver é concretizada em nós. Todos possuímos dentro de nós este elefante que nos puxa para a evidência de que é preciso viver. É preciso voar sem abandonar o chão, viver o presente lembrando o passado e alcançando sempre o futuro, tão próximo de nós. Viver é caminhar, agarrando-nos aos pequenos fragmentos de vida que nos rodeiam, para depois alcançar o nosso destino.
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