Continuando a falar de cinema nórdico, esta semana escolhi um filme contemporâneo: Låt den rätte komma in de Tomas Alfredson. Baseado no romance de John Ajvid Lindqvist com o mesmo nome, este filme relata um belo romance entre duas crianças: Oskar, um rapaz de 12 anos preso num mundo solitário e Eli, uma vampira. Oskar, constantemente vítima de agressões por parte dos seus colegas, deseja inconscientemente matar aqueles que o oprimem. Por outro lado, Eli mata para sobreviver. Duas crianças de 12 anos que vivem no debate constante entre matar e viver.
A pureza de ser criança é retratada de uma forma muito bonita e cheia de simbolismos, através de planos lindíssimos onde a violência dá lugar a um bailado de afecto. Quando estas duas crianças abrem os seus braços uma para a outra, toda a malícia da humanidade desaparece. O medo de conhecer o outro desfalece e dá lugar a uma intimidade imaculada, sem barreiras.
Dentro da amizade que cresce entre ambos, Eli volta a sentir-se humana, mas a sua necessidade de matar arrasta-a para a sua perdição num mundo onde o instinto reina. Após matar um ser humano Eli, na sua inocência de eterna criança, chora. Não apenas por ter morto para viver, mas por se estar a perder cada vez mais de si mesma. Há um enorme debate interior sobre se a sua condição maligna equivale a uma natureza igualmente má. Será a nossa essência espelho daquilo que fazemos com os nossos actos, ou permanecerá intacta?
Por outro lado, Oskar enfrenta a vergonha de não se conseguir defender, de não conseguir ferir o outro. A vontade de agir é ultrapassada pela sua bondade natural, seu instinto primordial. Enfrentando o problema oposto ao de Eli, vê o seu caminho cruzar-se com o dela, criando um universo onde ambos podem coexistir, sendo eles próprios, livremente.
De forma muito simples, este filme retrata o constante debate entre o bem e o mal no mundo puro de duas crianças. Através da forma como se aceitam uma à outra, independentemente daquilo que sejam, dão uma bela lição à humanidade, onde a face do outro está sempre de costas para nós.
A pureza de ser criança é retratada de uma forma muito bonita e cheia de simbolismos, através de planos lindíssimos onde a violência dá lugar a um bailado de afecto. Quando estas duas crianças abrem os seus braços uma para a outra, toda a malícia da humanidade desaparece. O medo de conhecer o outro desfalece e dá lugar a uma intimidade imaculada, sem barreiras.
Dentro da amizade que cresce entre ambos, Eli volta a sentir-se humana, mas a sua necessidade de matar arrasta-a para a sua perdição num mundo onde o instinto reina. Após matar um ser humano Eli, na sua inocência de eterna criança, chora. Não apenas por ter morto para viver, mas por se estar a perder cada vez mais de si mesma. Há um enorme debate interior sobre se a sua condição maligna equivale a uma natureza igualmente má. Será a nossa essência espelho daquilo que fazemos com os nossos actos, ou permanecerá intacta?
Por outro lado, Oskar enfrenta a vergonha de não se conseguir defender, de não conseguir ferir o outro. A vontade de agir é ultrapassada pela sua bondade natural, seu instinto primordial. Enfrentando o problema oposto ao de Eli, vê o seu caminho cruzar-se com o dela, criando um universo onde ambos podem coexistir, sendo eles próprios, livremente.
De forma muito simples, este filme retrata o constante debate entre o bem e o mal no mundo puro de duas crianças. Através da forma como se aceitam uma à outra, independentemente daquilo que sejam, dão uma bela lição à humanidade, onde a face do outro está sempre de costas para nós.
3 comentários:
Hi... nice blog. I like it. Greetings
Bem, este filme deve ser o máximo!Países Nórdicos, Cinema nórdico, música nórdica, cultura nórdica em geral....i like it a lot, you know that!Beizossss
(...) Sintonia cinematográfica (...)
Tu sabes o que penso e achei do filme e das tuas palvaras, my queen of the words with magic letters :)
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