Apresentação do livro “Polícia à Portuguesa”Ministro da Administração Interna presente.O livro “Polícia à Portuguesa” foi apresentado esta semana em Lisboa e retrata um cenário de angústia, de medo e por vezes, de pânico que existe entre os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Esta nova obra literária, escrita por Fernando e Mário Contumélias, contém testemunhos inéditos e incríveis de agentes desta corporação policial, com diferentes estatutos profissionais, que afirmam com enorme angústia que a PSP está “mal preparada, desmotivada e sem condições de trabalho”, havendo polícias que passam fome, quem têm uma vida familiar desestruturada e problemas de saúde.
Segundo o mesmo livro, parte significativa dos agentes da PSP sofrem de problemas “mais ou menos graves” de saúde ou de “foro psicológico” devido à dura profissão que escolheram, além de estarem sujeitos a regras “que não compreendem e consideram um impedimento ao correcto cumprimento da sua missão e que os torna alvos fáceis de sucessivos processos disciplinares ou criminais”. Além disso, os agentes também se queixam de “perseguições internas, de favoritismos, de partidarização da corporação e da influência militar”, considerando também “lamentável pagarem do próprio bolso o fato de agente, as algemas, as pistolas e até os arranjos dos motores dos carros de patrulha”.
Os autores do livro receberam igualmente relatos sobre o exponencial número de suicídios de agentes da PSP e o facto dos psicólogos “não saberem como resolver os problemas dos elementos da corporação que os conduzem a este desespero”.
Os agentes deploram igualmente terem que fazer os serviços gratificados, pelo menos durante quatro horas, à porta de instituições particulares (bancos, supermercados, embaixadas), tendo por base uma escala de serviço voluntária, mas que estão “obrigados” a fazê-lo para “conseguir sobreviver”.
Aproveitando a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, na apresentação do “Polícia à Portuguesa”, Fernando e Mário Contumélias defendem que a “melhor polícia” não significa “mais polícia”, mas sim “mais e melhor formação, acompanhada por meios modernos, eficazes e suficientes de combate ao crime e que defendam igualmente os polícias e o seu trabalho, salvaguardando-os de riscos desnecessários e penosos para as suas vidas profissionais e pessoais ”.
Em reacção a essas declarações, Rui Pereira recusou-se a alongar muito em comentários dizendo só que na PSP “ainda há muitos problemas por resolver”.
3 comentários:
Antes de mais um voto de sucesso deste vosso projecto.
Quanto ao tema das (des)condições da PSP é algo que todos nós conhecemos. Diria que há dois problemas, um que não tem solução num futuro próximo e outro que (não) tem solução. O primeiro resume-se à falta de meios materiais - pois é, sem dinheiro nada a fazer! Podíamos era ficar aqui eternamente a discutir a necessidade de uma gestão priorizada dos gastos, mas isso é outra estória... O segundo problema é aquela que vem das cabeças de quem faz as leis - basicamente, quem as não tem que aplicar nas ruas =P. Com efeito, é inútil tentar explicar aos deputados e aos académicos engravatados que os direitos dos bandidos podem ser muito giros, mas que os dos polícias são mais. Enfim...tantos anos a ler livros e decretos atrofiam qualquer cérebro bem intencionado.
Continuação de bons posts ;)
a maioria sao todos iguais, armados em coitadinhos mas é o que se vê
Pra passar a multa tão sempre lá a postos
È inadmissível como em pleno séc XXI a maior parte dos sectores dentro da PSP trabalhem em condições degradantes e os polícias estejam entregues a eles próprios na resolução de problemas k, na maior parte das vezes, nem são da responsabilidade dos agentes policiais. È a consequência do constante desinvestimento k os sucessivos Governos portugueses têm feito em matéria de segurança interna.
Dpois os políticos admiram-se da ocorrência de inúmeros furtos, assaltos, violações físicas, morais e sexuais enfim, que o grau de gravidade dos crimes aumentem de forma assustadora de ano para ano...
Kill, os polícias precisam d dinheiro para aumentar o financiamento da sua actividade profissional e é normal k abusem nas multas...
Mas é importante dizer k tou a falar da PSP, n das polícias municipais e dos seguranças privados. Esses sim, são serviços k n dependem exclusivamente do Estado e trabalham em condições satisfatórias.
Enviar um comentário